POLITICAL ECONOMY

27/04/2009

MORES AB POLIS

ALXavier disse, e bem, que se um partido faz de bandeira eleitoral a boa e honesta conduta fianceira então o comportamento financeiro privado dos politicos desse partido está sugeito ao escrutínio do público. E JMagalhães disse que o caso da Moderna de Paulo Portas podia ser considerado bom para ataque e não era considerado parte da vida privada. Pergunto: se um partido se diz democrata cristão, se se apoia no eleitorado mais tradicional, conservador e católico, não deve seguir o que diz o Papa e a Igreja Católica sobre a homosexualidade, sobre o aborto e sobre as relações de facto? De duas, três ALX e JM: ou há falta de lógica, ou há dois padrões a aplicar conforme conveniente ou ainda acham que dinheiro é dinheiro e sexo é outra coisa! Não sejamos hipócritas! Eu vou mais longe ainda, como na Inglaterra e nos EUA: qualquer aspecto que interessa ao eleitorado (o Povo é soberano!) e que o leve a identificar-se com o candidato, deve ser sugeito a verificação pública! Ou seja, se a inclinação sexual de um candidato, leva os eleitores a votarem, ou não, nesse candidato, então o candidato deve revelar a sua posição pessoal, privada e pública sobre tal inclinação. É portanto importante, porque para a maioria do eleitorado português ser ou não ser homosexual é importante, que os candidatos a deputados à Assembleia da Républica divulguem se são ou não são homosexuais (e desta forma os rumores deixam de poder florescer, JPP faltou-lhe analisar quais a condições necessárias para que um rumor floresça!). No seculo XXI tal questão não é importante em Inglaterra (ou no Omã) e já foram nomeados ministros que abertamente eram homosexuais, mas isso não quer dizer que o não seja em Portugal, ou Espanha, ou França, ou na Federação Russa. O desenvolvimento político, social e económico dos povos não é homogénio em todo o Globo e requer etapas que considero impossiveis de ultrapassar ou seja não se pode passar do nivel 1 para o nivel 5 sem se ter passado pelos niveis 2, 3 e 4. No caso dos EUA ser homosexual ganharia votos em São Francisco, California e em Cape Cod, Massachusetts mas perderia votos no mid-oeste, sudoeste e sul do país i.e. perdia as eleições! Daí discutir a sexualidade dos candidatos, discutir as suas opiniões sobre o aborto, sobre a vida e as células estaminais, sobre o divórcio e as uniões de facto é importante e tem de ser feito, não pode continuar a ser varrido para baixo do tapete qual “Relíquia” ou “Crime do Padre Amaro”! E os três senhores que aí se sentam não sejam sonsos, pois sabem bem que falar sobre isto também é política, é dificil mas é política. Com a mesma abertura e transparencia se discutisse o deitar fora os Códigos Civil, Comercial, Penal, Administrativo etc. e começar de novo; se discutisse o abulir o IRC pura e simplesmente e aumentar os escalões do IRS para compensar a perda, obrigando as empresas a distribuir em dividendos todo o resultado não aplicado; se discutisse as eleições para governadores de distrito e para juiz para que se fizesse a descentralização a sério e se desse soberania ao poder judiciário! Pela primeira vez vejo um programa e um assunto que pode ajudar as pessoas a escolher em quem querem confiar os proximos 4 anos da sua vida!

Sem comentários:

Twitter Updates

    follow me on Twitter

    Acerca de mim

    A minha foto
    Estoril, Lisbon, Portugal